O que é ser vegan?
Ser vegan é não consumir ou usar qualquer produto que tenha ingredientes animais ou de origem animal.
Qual a diferença entre vegan e vegetariano?
O vegetariano não consume animais, mas consume produtos de origem animal, como o leite ou derivados (queijo, iogurte,etc).
Ser vegan é ser necessariamente saudável?
Não, podemos ter uma alimentação sem qualquer produto animal e não ser saudável, como por exemplo beber refrigerantes e produtos com muito açúcar. No nosso restaurante tentamos unir o ser vegan ao saudável, e para isso, cozinhamos com métodos naturais com ingredientes frescos e naturais. Não usamos também açúcar em nenhum produto, desde as as bebidas às sobremesas.
O que é considerado livre de sofrimento para alimentação, as plantas não sofrem?
Para percebemos quando existe dor e sofrimento, temos que saber qual a origem desta sensação, que é transmitida pelo sistema nervoso central. É um ponto limite comum e consensual da comunidade científica da forma de transmissão desta sensação. As plantas não têm sistema nervoso central, por isso não sentem qualquer dor ou sofrimento.
Porque não têm Acai, papaia ou outras frutas tropicais no vosso restaurante?
No nosso restaurante trabalhamos com produtos locais e da época, assim contribuímos para uma melhor pegada ecológica (os recursos gastos no transporte) e acreditamos que estes produtos são mais adequados para o nosso bem estar e saúde, devidos a estarem no mesmo ambiente e época que nós.
Porque ser vegan ou vegetariano é mais saudável?
Acreditamos que não consumir produtos animais contribui para nossa boa saúde a curto e a longo prazo. Devido à nossa fisiologia e à nossa “energia”. Por razões fisiológicas, o nosso corpo, como o de todos os animais, foi evoluíndo ao longo de milhares de anos, tento em contas os nossos hábitos. Do ponto de vista da alimentação, a nossa fisiologia indica que evoluimos comendo maioritariamente cereais, plantas e frutos. Exemplos: A nossa dentição tem 20 dentes molares (servem para moer cereais), de um total de 32, e os nossos dentes caninos (servem para rasgar) tem uma forma muito arredondada, quando comparados com dos verdadeiros animais carnívoros, que tem dentes caninos muito pontiagudos e um número muito pequeno de molares. A acidez da nossa bílis no estômago é mais indicada para digerir produtos vegetais, ao contrário da dos animais carnívoros que tem propriedades extremamente ácidas, necessárias para a digestão de carne. O comprimento dos nossos intestinos é muito longo (várias vezes a altura do corpo), servindo para absorver lentamente os nutrientes de cereais e plantas, comparado com o dos animais carnívoros, que é muito mais curto, devido à necessidade de uma digestão mais rápida da carne, para evitar a libertação das tóxinas decorrentes da decomposição da carne de um cadáver. A nível da boa “energia”, e como seres evoluídos que nos consideramos em relação aos outros animais, também é lógico comemos algo que não foge de nós, algo que não sofre para o nosso prazer. Porque não nos alimentarmos com o que a natureza pôs ao nosso dispor? Do ponto de vista de instinto básico, existe um exemplo engraçado: se dermos uma maçã e um coelhinho a um bebe humano, este por instinto vai brincar com o Coelho e comer a maçã. Por outro lado, se for um bebé leão, por exemplo, deverá querer brincar com a maçã e tentar comer o Coelho. Com estas evidências, conseguimos compreender que não fomos concebidos para consumo de carne, hábito que aliás surgiu à cerca de 50/70 anos, muito pouco tempo quando comparado com o tempo de evolução do Homem. A melhor forma de confirmarmos estas evidências, mais do que acreditar em teorias, é experimentar por nós próprios e percebermos as diferenças a nível físico e mental.
As vossas sobremesas são doces, como é possível se não usam açúcar?
Usamos geleias naturais, como a geleia de milho ou a de arroz, que tem um agradável poder adoçante e são mais saudáveis, por serem 100% naturais e terem um indice glicémico mais baixo do que o açúcar refinado.
Se não usam ovos, o que usam para dar consistência à textura das sobremesas?
Usamos uma alga marinha, o agar-agar, que tem um poder gelificante natural, que usados em certas quantidades podem dar uma textura parecida com a do ovo.
O que é “veganizar” pratos tradicionais?
Veganizar é adaptar alguns pratos tradicionais, mas com o conceito vegan e saudável que temos. No nosso restaurante temos, por exemplo, o Tofu espiritual, do tradicional bacalhau espiritual. Temos também a Feijoada Portuguesa, um prato que faz as delícias, mesmo para os amantes de carne. A nível de sobremesas, todas são “veganizações”, porque não usamos leite, ovos nem açúcar, mas rem todo o sabor. O arroz doce, a tradicional Americana, Pecan Pie, entre outras…
Têm bebidas alcoólicas no vosso restaurante?
Sim, temos todo o tipo de bebidas alcoólicas no nosso restaurante, desde cervejas, sidras, vinhos e bebidas espirituosas, todas respeitando o conceito. Portuguesas, locais e sem açúcar.
De que maneira ser vegan melhora a pegada ecológica?
Em 2019, o Planeta Terra consumiu todos os recursos naturais do ano a 29 de julho, a data mais prematura de sempre. O que é que isto significa? Que a capacidade do nosso planeta de regenerar os seus recursos não consegue acompanhar a procura do ser humano. O primeiro passo para tentar contrariar esta tendência é compreender o impacto das nossas escolhas no mundo, a nossa Pegada Ecológica. Por isso mesmo, é crucial perceber como é que os nossos hábitos de consumo impactam o meio ambiente. Desde a alimentação ao tipo de transporte utilizado, tudo pode ser melhorado. Para compreender esta realidade, podemos recorrer à Pegada Ecológica, a métrica utilizada para medir a relação entre os recursos produzidos pela natureza e o consumo humano. Esta metodologia reconhecida internacionalmente foi desenvolvida pela Global Footprint Network. No nosso restaurante tentamos contribuir para reduzir a pegada ecológica ao sermos vegan e com produtos locais e da época.