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Junho 3, 2022

Desmistificar mitos sobre o veganismo


O exército vegano conta com cada vez mais soldados que se juntam ao movimento de mudar o mundo alterando comportamentos individuais no seu dia a dia. O nosso bem-estar está intimamente relacionado com o dos animais. Optar por um estilo de vida livre da exploração e deterioração do habitat e reino animal é contribuir para maiores possibilidades de qualidade de vida do ser humano na Terra.


O aumento da circulação de informação acerca dos mitos sobre o veganismo, distorce a verdade acerca do que é veganismo. Hoje trazemos-lhe e desmistificamos alguns para lhe mostrarmos que pode confiar neste modo de vida como sendo o mais saudável e benéfico para si e para o planeta.


“A comida vegana é uma seca”: MITO

 


A comida vegana vai muito além das saladas, e mesmo essas podem estar carregadas de diversão. Desde o surgimento das redes sociais encontrar receitas que façam crescer água na boca é muito mais fácil, e estas podem incluir de tudo, desde que não contenham nada de origem animal. Desde massas, fritos, bolachas até queijo e carne vegetal que existem nos supermercados para quem quiser, à mão de semear.


Basta pensar nos pratos de que mais gosta e trocar os produtos de origem animal por uns de origem vegetal. Por outro lado, a filosofia vegana aspira a uma alimentação que proporcione um maior bem-estar físico e emocional logo, procure ser aventureiro e inclua frutas e vegetais de forma criativa e divertida. Este tipo de alimentos contém vitaminas e nutrientes com o poder de elevar o nosso sentido de humor.


“Os veganos têm de tomar um monte de suplementos”: MITO


A única vitamina que não é possível encontrar numa dieta vegana é a B12, de origem bacteriana, e mesmo a falta dessa não é um problema exclusivo aos veganos. De qualquer maneira a sua toma é bastante simples, por um pequeno comprimido e já pode ser fabricada de forma orgânica sem o uso de químicos.


De resto é provável que ao mudar para uma alimentação à base de produtos origem vegetal fique mais bem nutrido do que quando comia proteína animal. Não se esqueça que os animais que o ser humano come se alimentam de plantas e frutos carregados de nutrientes de que também nós queremos usufruir. Comer essas plantas e frutos diretamente é deixar de ter o animal como “intermediário” dessas vitaminas, e poupar-lhe sofrimento e a vida.


“Ser vegano e ganhar massa muscular são duas coisas incompatíveis”: MITO


Porque carne, leite e ovos têm uma grande concentração de calorias, é provável que, ao mudar para uma dieta em que se abstenha desses alimentos haja uma redução da gordura corporal. A gordura visceral que se localiza à volta dos órgãos vitais, por exemplo, não é uma gordura “boa” por isso a sua redução é sempre positiva.


Já o aumento da massa muscular depende da combinação de exercícios de força com uma alimentação equilibrada com proteínas que alimentem e preencham o músculo a cada vez que este é expandido e rasgado. O maior mito de todos é que uma alimentação vegana não pode ser rica em proteínas! Hoje muitos atletas de alta competição que relatam uma melhoria na desempenho, recuperação muscular e motivação para treinar.


O feijão, as lentilhas e o grão-de-bico são fontes riquíssimas de proteína vegetal. Outro exemplo são os cogumelos, que com 100g conseguem fornecer a mesma quantidade que 100g de carne vermelha, garantindo ao mesmo tempo, uma melhor digestão sem um estômago inchado e consumo exagerado de energia.


“Tornar-me vegano após anos como carnívoro é muito difícil”: MITO


Neste ponto a força de vontade tem um grande papel. É preciso considerar e estar consciente dos benefícios para a sua saúde e para mundo ao tomar a decisão de deixar de consumir produtos de origem animal. Os impactos da exploração animal no meio ambiente são cada vez mais fortes e aproximámo-nos da possibilidade de um não retrocesso.


Claro que a carne, o peixe e os lacticínios tornaram-se viciantes ao paladar após anos e anos do seu consumo, mas quando do outro lado da balança pesa toda a nossa existência e a de futuras gerações, combater esses desejos torna-se mais fácil.


Todas as mudanças de hábitos cravados são um processo e fazê-las de forma gradual é normal. Experimente começar por cortar a metade o consumo de produtos de origem animal e assim sucessivamente até chegar ao consumo zero. Procure receitas veganas que lhe abram o apetite e reproduza-as em casa. Convide os amigos e a família para fazer esta jornada consigo!